Se os seguros de saúde vão dando prejuízo às seguradoras, não parece, pois a generalidade das companhias de seguros que operam em Portugal investem bastante na atração de novos clientes.
Na realidade, sabem que mais tarde ou mais cedo vão retirar dividendos desse investimento, talvez porque acreditem que o Sistema Nacional de Saúde (SNS), tal e qual o conhecemos, tem os dias contados.
A este propósito, decidimos reproduzir aqui, declarações recentes de Rita Sambado, diretora de Marketing da Fidelidade Seguros, que se refere precisamente aos seguros de saúde e às motivações que levamos portugueses a contratá-los.
Muitos clientes continuam a valorizar a proteção para os grandes riscos que as coberturas de hospitalização com capitais mais elevados proporcionam.
Ao contrário do que acontecia há uns anos atrás, em que as pessoas procuravam acima de tudo um complemento ao Sistema Nacional de Saúde, principalmente para ambulatório, a cada vez maior informação dos clientes tem vindo a apelar à personalização dos planos de saúde e à sua proteção face aos grandes riscos.
Na Multicare, do grupo Caixa Geral de Depósitos, o número de apólices anuladas subiu ligeiramente em dezembro, mas esta subida foi curiosamente acompanhada por um aumento substancial de novas apólices.
Este comportamento confirma que as preocupações com a saúde continuam a ser prioritárias e os clientes percecionam o seguro de saúde como uma mais-valia significativa na sua qualidade de vida, sendo uma proteção extra em caso de risco de saúde pelo que estão dispostos a manter este benefício em complementaridade ao SNS, que na atual conjuntura socioeconómica tem vindo a recuar no apoio financeiro disponibilizado.
A aproximação dos valores das taxas moderadoras aos copagamentos de um seguro de saúde poderá ser um fator decisor para a compra de um seguro.
E aliado aos valores agora cobrados em instituições clínicas estatais estão também os acessos e os tempos de espera que em unidades médicas privadas podem ser substancialmente inferiores.
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