O universo feminino é um segmento muito apetecível no que respeita à promoção de produtos.
Segundo um estudo recente, 80% das decisões de consumo são tomadas pelas mulheres.
Por essa razão não é de estranhar que também os bancos estejam a apostar cada vez mais em produtos financeiros talhados especificamente para mulheres.
O Crédito Agrícola é o exemplo mais recente.
Esta instituição financeira lançou recentemente o CA Mulher, composto por um conjunto de produtos financeiros exclusivos a mulheres.
Neste pacote de serviços incluem-se um seguro, um depósito a prazo, um produto de aforro, um crédito para questões de saúde e um cartão de crédito.
Nesta campanha, válida até 29 de Junho, o CA promete algumas vantagens às clientes que adiram a este pacote de soluções.
Por exemplo, na subscrição do cartão de crédito CA Mulher, a primeira anuidade é gratuita.
Para além disso, são oferecidos vales de descontos de 50% em viagens a partir de quinhentos euros adquiridas através de um operador com que o CA tem parceria, bem como descontos até 70% num conjunto de outros parceiros.
Apesar destas vantagens, é importante olhar para outros fatores, como a taxa de juro associada à utilização do crédito, bem como os encargos com as anuidades, e compará-las com outros produtos semelhantes.
No caso deste cartão, a taxa de juro anual de encargos globais (TAEG) é de 25.53%, para uma utilização de crédito de com um plafond de 1500 euros.
Entre os cartões disponibilizados pelo Crédito Agrícola, este é o que cobra juros mais baixos. Esta taxa fica também em linha com o que a CGD cobra no cartão de crédito Caixa Woman, que se destina ao mesmo ‘target'.
O banco estatal prevê o pagamento de uma TAEG de 25,5%.
Mas, comparativamente a alguns cartões de crédito clássicos de várias instituições bancárias, o cartão do Crédito Agrícola cobra uma taxa mais elevada.
É por situações como esta que, mesmo que o produto financeiro seja dirigido a um determinado grupo, como é o caso das mulheres, há uma regra de ouro que deve ser sempre tida em conta: a comparação das condições do produto com outros existentes, não só no mercado como dentro da própria instituição.
No caso das condições dos produtos de poupança oferecidos pelo Crédito Agrícola, este tipo de preocupações ganha especial relevância.
No depósito a prazo CA Mulher, a taxa de juro oferecida é muito baixa.
Disponível para prazos de 3, 6, 12 e 24 meses, e montantes a partir de 250 euros, a taxa mais elevada é oferecida nas aplicações a 24 meses.
Para este prazo, a TANL (taxa de juro anual nominal líquida) é de apenas 0,919%.
No mercado, é possível encontrar aplicações com características semelhantes a oferecer juros muito mais atrativos.
Para além disso, ao investir neste produto vai perder dinheiro, já que a taxa de juro é bastante inferior à inflação prevista pelo Governo português para este ano de 2012 que é de 3.3%.
No outro produto de poupança em campanha, o CA Aforro, a remuneração também é muito baixa.
Esta está dependente da evolução da Euribor a seis meses, a que são descontados 0.25 pontos percentuais. Tendo em conta que a Euribor a seis meses está nos 0.975%, descontando esse valor, a remuneração baixa para 0.725%.
Este produto exige ainda reforços mínimos mensais de 25 euros.
Para além destes produtos, a campanha do Crédito Agrícola inclui também o Crédito Saúde, que disponibiliza um financiamento entre 10 mil e 30 mil euros, podendo o cliente optar por uma taxa fixa ou taxa variável (TAEG de 6% e de 4.9%, respetivamente) com prazos de amortização entre 36 e 60 meses.
Durante a campanha, quem subscrever este produto beneficia de um desconto até 50% nas comissões de abertura do crédito (10% por cada produto da campanha subscrito).
Este pacote de produtos inclui ainda um seguro específico para minimizar o impacto de doenças do foro feminino (cancro da mama ou ginecológico).
O seguro CA Mulher garante desde logo o pagamento do capital seguro caso exista um diagnóstico de doença grave e inclui a cobertura de segunda opinião médica, sendo possível optar por um capital seguro de 25 mil, 50 mil, 75 mil ou 100 mil euros.
As clientes que subscreverem este produto contribuem para uma associação de luta contra o cancro da mama, com 1% dos prémios pagos até ao final de Outubro.
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